Imagine uma cidade onde carros não existem, a natureza se funde com arranha-céus espelhados e a energia vem 100% de fontes renováveis. Parece roteiro de ficção científica? Esse é o projeto NEOM, um megacomplexo urbano que a Arábia Saudita está construindo no deserto, com investimento bilionário e promessas revolucionárias. Mas será que essa utopia tem algo a aprender (ou evitar) com experiências brasileiras? Vamos explorar!

NEOM: O Que É e Por Que Chama Tanta Atenção?
NEOM é a joia da coroa do plano Vision 2030 da Arábia Saudita, que busca diversificar a economia do petróleo. O projeto inclui:
- THE LINE: Uma cidade linear de 170 km, sem ruas ou carros, onde tudo (hospitais, escolas, parques) estará a 5 minutos a pé.
- OXAGON: Um porto flutuante em forma de octógono, voltado para tecnologia e logística sustentável.
- TROJENA: Um complexo de esqui no meio do deserto, com neve artificial.
A ambição é clara: criar um laboratório de inovação global. Mas, como bem sabemos no Brasil, grandes projetos podem ser tanto inspiradores quanto polêmicos.

Brasil x NEOM: O Que Temos a Ver com Isso?
O Brasil já viveu seu próprio “futurismo” em larga escala. Vejamos comparações intrigantes:
- Brasília: A Cidade Planejada que Virou Patrimônio
Assim como NEOM, Brasília nasceu de um traço visionário (de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa) para ser símbolo de modernidade. Mas, décadas depois, enfrenta desafios como desigualdade e expansão desordenada. Será que NEOM, ao priorizar tecnologia, evitará problemas sociais? - Curitiba: Sustentabilidade no DNA
Décadas antes de NEOM, Curitiba revolucionou o transporte público e a gestão de resíduos. Enquanto a cidade saudita promete zerar emissões, Curitiba já recicla 70% do lixo. A lição? Inovação não precisa começar do zero – basta olhar para quem já fez. - Transamazônica: O Custo da Ambição
Nos anos 70, o Brasil sonhou com uma rodovia que integraria a Amazônia. Resultado? Desmatamento, conflitos e uma obra inacabada. NEOM, que quer “domar” o deserto, precisará equilibrar ambição com respeito ao meio ambiente.
Desafios: Do Papel para a Realidade
NEOM não é o primeiro projeto megalomaníaco do mundo – e certamente não será o último. No Brasil, aprendemos que:
- Escala ≠ Sucesso: Obras faraônicas podem gerar dívidas históricas (vide a Usina de Belo Monte).
- Tecnologia Precisa de Humanidade: Smart cities são incríveis, mas sem inclusão social, viram cenários de exclusão.
- Natureza Não Negocia: Prometer “neve no deserto” ou “florestas verticais” exige mais do que engenharia – exige responsabilidade.
Conclusão: Sonhar Grande, Mas com os Pés no Chão
NEOM é, sem dúvida, fascinante. Representa a coragem de repensar o impossível, algo que também vimos em projetos brasileiros como o Cristo Redentor ou o Museu do Amanhã. Mas, como diria Niemeyer, “a arquitetura é inventiva, mas não pode esquecer o humano”.
Enquanto o mundo observa NEOM nascer no deserto, o Brasil tem lições valiosas para compartilhar: inovar é essencial, mas sustentabilidade, inclusão e humildade diante da natureza são os verdadeiros pilares do futuro.
E você, acredita que cidades como NEOM são o caminho? Ou devemos investir em reinventar o que já existe? Deixe seu comentário!
Inspirado na visão audaciosa de NEOM e nas lições de projetos brasileiros, este artigo é um convite a refletir: o futuro das cidades está na tecnologia, nas pessoas ou no equilíbrio entre ambos?
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